O Laboratório d’Estórias nasceu em 2013 pelas mãos de Rute Rosa e Sérgio Vieira, com o intuito de manter vivas algumas das técnicas de manufatura da cerâmica caldense, ameaçadas pelo encerramento da maioria das fábricas e ateliês da região.

No Laboratório d’Estórias, a cerâmica junta-se à escrita e à ilustração para criar peças únicas, que vão além do seu propósito meramente decorativo ou funcional. Peças que reinterpretam e valorizam a cultura e as tradições portuguesas e se inspiram em lendas e na história do país para criar novas estórias.

“A Medusa e O Manjerico” foi a primeira peça. Um manjerico em faiança, fornecido com uma carteira de sementes de manjerico para cultivo e adornado a preceito por um cravo de papel feito à mão e uma quadra de Fernando Pessoa.

Desde então, o Laboratório d’Estórias deu nova vida a vários ícones da cultura portuguesa e a saberes que têm passado de geração em geração em peças como “A Alfacinha dos Caracóis”, uma folha de alface vidrada manualmente que serve de prato a petiscos, ou “O Corvo Malandro”, uma peça decorativa em faiança, enobrecida por duas patas fundidas em latão. A estas juntam-se “Martinho e as estrelas”, “Os Canários da Atlântida” e “Pilhas de Luz”, “A Varina e o Chá das 5”, “A Árvore e o seu Zingamocho” ou “Um Melro, evidentemente”, que acaba de ser lançada.

Bruno Reis Santos, Catarina Sobral, João Cabaço, Jorge Dias e Teresa Moreira, Luís Favas e Pedro Lourenço são alguns dos ilustradores que, em três anos de projeto, aceitaram o desafio de criarem ilustrações para as 11 peças que compõem a coleção do Laboratório d’Estórias.