José Saramago contra a utopia
Carlos Reis
Em “José Saramago contra a utopia” toma-se como ponto de partida a expressa negação, pelo escritor, da pertinência da utopia. “Não sou utopista”, disse Saramago numa entrevista.
É em função desta negação da utopia que se leva a cabo uma reflexão em torno da produção ficcional de José Saramago, dos grandes temas e dos principais motivos que nela podemos ler: a reinvenção da História, a viagem como busca, a desconstrução do mito e do relato bíblico, a condição humana e as suas perversões, etc. Ao longo deste trajeto, regista-se uma mudança importante no trabalho do escritor, que o próprio Saramago fixou em duas imagens fortes e alternativas: a da estátua e a da pedra.
Essas imagens, aqueles temas e motivos e ainda algumas personagens constituem pontos de referência de uma aula em que se falará da utopia como negação em José Saramago.